Com que frequência vê eletrodomésticos e aparelhos elétricos ou eletrónicos ao lado do contentor do lixo? Demasiada, infelizmente. Amiúde, estes «monos» são largados no campo, criando aterros a céu aberto e multiplicando os riscos de incêndio e contaminações dos solos e aquíferos. A solução é tão simples como prática, mas depende de cada um de nós pô-la em prática.
A verdade é que muitos ainda desconhecem quão fácil é desfazerem-se corretamente dos aparelhos, bem como das pilhas, das lâmpadas, dos pneus ou dos óleos que já não têm uso. Além de básica, a reciclagem destes objetos está prevista na lei há vários anos, impondo normas que preveem penalizações, quer para a produção como para o descarte irresponsável.
Uma das principais causas para a baixa taxa de reaproveitamento destes artigos é o depósito indevido.
Nas nossas lojas, pode descartar corretamente, de forma rápida e segura, mais do que imagina:
- Telemóveis, tablets, comandos, videojogos;
- Micro-ondas, televisores, máquinas de barbear, secadores, torradeiras, ferros de engomar, etc.;
- Pilhas e acumuladores;
- Lâmpadas, sejam fluorescentes, tubulares, compactas, de descarga, de vapor de sódio, metálico ou de mercúrio, LED e Xénon.
Com o incremento do consumo, os ciclos de vida dos produtos são cada vez menores, aumentando o volume de resíduos que carecem de encaminhamento específico, entre os quais os REEE e RP&A (Resíduos de Pilhas e Acumuladores).
A legislação criada tem como principal meta a prevenção, redução e reciclagem de REEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos), bem como a valorização alternativa destes, de modo a diminuir a quantidade e melhorar o comportamento ambiental de todos os intervenientes no seu ciclo de vida: produtores, distribuidores, consumidores e operadores de resíduos
Todos fazem parte do ciclo que, quando respeitado e cumprido, reduz consumos de matérias-primas e impactos ambientais, diminuindo custos de produção e aumentando a eficiência energética.
Para isso, a Agência Portuguesa do Ambiente, a Direção-Geral das Atividades Económicas e a ASAE colaboram com as três entidades gestoras de REEE licenciadas em Portugal: ERP, Electrão e Weeecycle. Cientes de que a percentagem de reciclagem nacional tem estado aquém da meta da União Europeia, uniram esforços e lançaram a campanha «Reciclar no Sentido Certo».
Os pontos de recolha são abundantes, estando ao alcance de um clique encontrá-los: www.ondereciclar.pt.
Se todos fizermos a nossa parte, estaremos a ajudar o ambiente, as empresas e a economia. Com um pequeno gesto? «tudo se transforma!»
