Fazer pinturas exteriores traz sempre as questões da durabilidade e do aspeto. Antes de começar a pintar, verifique o estado da superfície: porosidade, humidade, vestígios de ferrugem, infiltrações e fendas.
Meça as agressões climatéricas a que estará sujeita, pois vento, chuva e sol intenso danificam progressivamente a tinta.
Pense no resultado: que cor, textura e brilho quer obter? Para o que idealiza, há uma paleta de opções que embelezam e protegem o seu espaço exterior.
Agora que já planeou, pratique: prepare um conjunto de pintura, para ter tudo à mão e evitar desperdícios de material e tempo. Tabuleiros, trinchas, rolos, pincéis, espátula, fita de pintor e plásticos são fundamentais para pintar eficazmente. Extensor e escadote são ainda ótimos apoios para distribuir corretamente a tinta em paredes e tetos mais altos.
Limpe a superfície que vai pintar, lixando-a, no caso das madeiras, ou escovando o pó e os restos de tinta velha. Se está mais sujeita a chuva e humidade elevada, deve aplicar antes do primário um impermeabilizante ou hidrofugante.
1. Volte ao primário
Tal como na escola, é aí que tudo começa. Este não substitui a tinta, mas protege-a e facilita a aderência, evitando o surgimento de manchas fúngicas e repelindo a humidade. Além disto, pode poupar-lhe muitos litros; se a parede for porosa, o primário atua como selante, fazendo render mais o produto.
Quanto mais opaco o primário, mais evitará que surjam manchas na tinta principal. Desta forma, evita dar várias demãos, poupando tempo e produto e garantindo maior durabilidade deste.
Pode ser de base solvente ou aquoso, portanto menos tóxico, não combustível e mais versátil para exteriores. Consoante a aplicação, há diversos tipos, servindo alguns para várias finalidades:
- Primários de aderência;
- Fixadores;
- Isolantes;
- Selantes;
- Anti-alcalinos;
- Anti-corrosivos;
- Para madeiras;
- Para metais (ferrosos e não ferrosos).
2. Não seja um troca-tintas:
Se as superfícies não têm fissuras, as tintas plásticas (também chamadas tintas de água ou laváveis) e as acrílicas, sobretudo as 100%, são excelentes opções.
As plásticas são tintas de emulsão, de base acrílica, adequadas para exteriores, exceto em locais de exposição frequente à água, e podem trazer-lhe muitas vantagens:
- Fáceis de aplicar;
- Resistentes ao sol;
- Laváveis;
- Aplicáveis em vários materiais;
- Não inflamáveis;
- Mais elásticas.
Se a fachada tem fissuras, pondere antes uma tinta elástica, mas aplique massa previamente para vedá-las. Por sua vez, em casos extremos, onde os danos da água sejam mais problemáticos, as tintas siloxânicas podem ajudar, pela capacidade adicional de impermeabilização e redução dos fungos.
Em qualquer pintura, a escolha é vasta e pode facilmente levar a decisões menos certas. Aconselhe-se junto dos profissionais e consulte as indicações fornecidas pela marca, para resultados mais eficazes e duradores.